E não é que o Diário Oficial do Município trouxe uma surpresa? O prefeito, num gesto de "extrema generosidade", distribuiu 26 funções gratificadas para diversos servidores. Um verdadeiro festival de bônus, enquanto o reajuste salarial obrigatório – aquele previsto no Estatuto – continua sendo tratado como um detalhe irrelevante.
Parece que a matemática da gestão pública é bem seletiva: há recursos para agrados pontuais, mas quando o assunto é cumprir a obrigação legal de reajustar os salários de todos os servidores, a desculpa é sempre a mesma – "falta de orçamento". O engraçado é que dinheiro para distribuir cargos estratégicos nunca some, pelo contrário, aparece como mágica!
O Estatuto, que deveria ser respeitado, virou só um enfeite na prateleira da administração. Enquanto isso, os servidores seguem acumulando anos sem a devida valorização. Mas calma, talvez estejam esperando uma "função gratificada para todos" como solução. Afinal, coerência administrativa por aqui virou artigo raro...
